terça-feira, 28 de junho de 2011

E Agora José??? Preciso dormir e não consigo! Baby blues prolongado?

Minha pequena só chora, só dorme se for no peito ou no meu colo. Tem horas que acho que não vou conseguir, que não vou ter força para levar a cabo esta jornada.

Às vezes sinto um início de impaciência e ai me cobro muito, pois sei que não é correto. Mas é involuntário, e logo me reprimo, me cobro para  não acontecer. Serei a única? 

Estou parecendo um zumbi ambulante, cansada, feia. De mulher aqui não tem nada, rs, só mãe e no máximo uma dona de casa desleixada. E o choro vem fácil, muito fácil. É um choro sentido que fico com medo de ser algo mais complexo. Tomara que não.

Mas tudo é compensado quando a pequena me dá um belo sorriso...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Iniciando...

Eu engravidei da Maria em agosto de 2010. Não foi uma gravidez planejada, apesar de eu ter, a vida toda, desejo de ser mãe. Mas acreditava não estar pronta ainda, por "n" motivos e pensava em somente engravidar lá na casa dos 35.

Mas ai eis que surgiu Maria e, passado o susto e o medo inicial, me apaixonei pela idéia e pelo bebê que eu gerava já com tanto amor.

A partir dai passei a me preparar para a gestação. Li e pesquisei o máximo que eu pude. Porém, hoje, depois do parto, percebo que me preparei para a gestação e não para o pós nascimento.

O primeiro mês de vida da minha filhota foi, no mínimo, avassalador para mim. Me vi sim sem chão em vários momentos, desesperada, com medo, angustiada e até impaciente com ela e com todos que estavam a minha volta. E me culpei por ter essas reações. Mas o novo foi muito novo. Ter um bebê em casa já é impactante. E a minha filhota ainda teve um agravante que fez intensificar o tal de "baby blues"...

Explico: Minha filha nasceu no dia 06 de maio e logo foi diagnosticada com DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL. Sinceramente? Entrei em desespero. Não aceitei e ainda não aceito a minha filha ter sido "sorteada" com esta doença.

Chorei e ainda choro. Um choro dolorido, sentido, que sai de mim me rasgando toda.

Dia 23 de maio confirmamos o diagnóstico com os médicos do Hospital Sarah, sendo a displasia de grau IIc, definida como estágio crítico.

Dia 27 Mariazinha começou a usar um Fraldão, feito sob medida para ela. É uma espécie de suspensório que tinha um rolo grosso a ser usado entre as pernas dela, impossibilitando que se fechassem. Porém, este seria uma órtese temporária, até a chegada do suspensório de Pavlik.

E, finalmente, no dia 3 de junho, aos 28 dias de vida, minha filha começou a usar o tal suspensório.

No momento em que os fisioterapeutas foram vesti-la com o suspensório... Meu Deus, como chorei. Me bateu um desespero tão grande, uma dor que me rasgava por dentro. Não estava suportando ver minha filha daquele jeito, toda apertada, imobilizada. Não foi isso que eu sonhei, não foi isso que planejei. Mas quem planeja nossas vida é Deus né? Então...

Só sei que sofro ao ver minha filha usando o suspensório.

Ela terá que usar pelo período de 4 a 6 meses. Caso não dê o resultado esperado (poisié, ainda tem o risco de não resolver...), a minha bebê terá que ser engessada por outros 6 meses. E caso não dê, ainda, o resultado esperado, o jeito será partir para a cirurgia. Ou para as cirurgias.  E ainda assim, corremos o risco de não dar certo e minha filha carregar  consigo sequelas, dores, deformidades.

Ai Meu Deus... por que??? E Logo com minha filha?? São as perguntas que mais me faço atualmente. E não encontro respostas. Só sei que tem um serzinho mais lindo aqui do meu lado, dormindo placidamente, sem ter real consciência da luta que ela está travando.

Hoje, não damos mais banho na Maria. Não podemos tirar o suspensório para nada. Nada mesmo. Nem um minuto sequer. Damos banho de paninho, e lavamos a cabeça e o bumbum na banheira. Uma vez por semana vamos ao Hospital Sarah para eles darem um banho completo. E lá, alguém fica segurando as perninhas dela na posição correta, para não desencaixarem do qua, dril. O suspensório já está fedido, de tanto suor (estamos no Maranho, aqui é quente como o quê), sem falar no próprio golfar da Maria, que acaba atingindo as alças do suspensório. Meu sonho de consumo atual: Dar banho na Maria e bater o suspensório na máquina de lavar, rs.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Início...

Não sei ao certo qual o objetivo, qual a meta... talvez apenas para satisfazer um desejo íntimo de desabafo, de compartilhar pensamentos e rotinas.

Descobrindo ainda como vai ser....